Sob as
sombras das paineiras, passei
Tantas
vezes, sem que notasse as cores
E o
tapete aveludado cobrindo os paralelepípedos
Com as
flores que despencavam suavemente dos galhos
Derrubadas
pelas aves e insetos bêbados de néctar
Inebriados
pela beleza incomensurável daquelas árvores.
O apito
da fábrica apressava-me os passos
E a
escola me esperava
E o
trabalho me esperava
E a
namorada me esperava
E a casa
em construção
E a vida
sendo edificada...
Não passo
tanto por lá mais...
Mas é
como se as paineiras jamais tivessem me deixado
Sinto
ainda o perfume das flores e a maciez das painas
espalhadas
por onde piso
Marca de
carinho da cidade que tem apelido de árvore
Ouço
ainda os pássaros em festa e o zunzum das abelhas em seu lavor
O menino
sai de dentro do homem
E nos
paradoxos da vida
O menino
se torna maior que o homem...
Maravilhoso, meu irmão! Transportou-me para aquele lugar, onde passamos tantas vezes como em um toque de mágica nos levando até ao céu de nossa imaginação e ao nosso castelo: o nosso lar, o nosso solar...
ResponderExcluirLindo demais Naninho, descreve delicadamente, memoravelmente, o que vivemos, neste caminho, para a nossa casa, para o nosso Solar!
ResponderExcluirDescrição perfeita, meu irmão!!
ResponderExcluirLembro sim lindo este lugar esquina do Gilberto.
ResponderExcluir