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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Novo

Chegamos ao final de mais um ano. Não tenho muito o que dizer, depois de tanto tempo sem postar nada. Mas senti vontadede deixar esse curto post no sentido de sobretudo agradecer. Agradecer pela oportunidade de ser feliz, de ter saúde e de ter pessoas maravilhosas ao meu lado.
Agradeço também por ter fé. Essa fé me permite a esperança, que remove as ansiedades e sustenta minha certeza de um mundo melhor, e um futuro melhor. 
Um feliz 2013!

                                         Novo


Cá estamos novamente
Diante da perspectiva de mais um ano
Conceber o que está cima do humano
Deve estar em nossa mente


Não é fácil entender a vida
Muito menos conceber verdades
Nossos erros e acertos também
Na longa estrada percorrida
Nossos defeitos e nossas virtudes
E até o que está muito mais além
Do que podemos perceber
O importante mesmo é ser...
Ser gente acima de tudo


Neste novo ano que se aproxima
Não vai fazer diferença a rima
Nem a metáfora obscura do verso
O que importa mesmo é agradecermos
Por estamos junto mais uma vez
Daqueles que amamos profundamente
Importa lembrarmos aqueles que não estão aqui mais
Pois estarão sempre presentes em nossos corações
Na essência do que somos e seremos


Feliz novo ano!
Lembre-se de ser
Simplesmente
Cada vez mais humano
Agradeça sempre a Deus
Ame profundamente os seus
Compartilhe sempre o que você é
E nunca deixe de exercer sua fé.




 

domingo, 2 de setembro de 2012

140 anos da Cedro

Trabalho há quase 30 anos na mais antiga empresa do ramo têxtil do Brasil, a Cedro, que completou no último 12 de agosto 140 anos. Falo com toda a sinceridade que é um orgulho. Meu pai trabalhou por 53 anos na Cedro e, por tudo o que minha família vivenciou, sinto-me muito realizado por trabalhar também nessa empresa.

Meu irmão Joaquim é também colaborador na empresa, trabalhando na coligada Cedronorte, em Pirapora. Ele foi convidado a fazer um discurso no evento de comemoração do aniversário, com a participação da Diretoria e do Conselho Administrativo da Cedro e também de autoridades como o vice-governador e outros. Ficou muito bacana e, para constar, transcrevo o texto do discurso abaixo, juntamente com o vídeo filmado pela esposa do meu irmão.

 

 

Exmo. Sr.

Exma. Sra.

Ilmo. Sr.

Ilma. Sra.

Demais presentes, boa noite!

É com imensa honra que venho representar os colaboradores da Cedro nestes 140 anos. A Cia. de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira surgiu como um ideal na mente de homens empreendedores, Antônio, Bernardo e Caetano, que tornaram realidade uma empresa construída sobre alicerces maciços, cuja energia principal sempre foi a capacidade e o empenho de seus acionistas, colaboradores e gestores.

Falar da Cedro nestes 140 anos é como contar uma história que se repete geração após geração e que vem perpetuando a empresa e possibilitando o desenvolvimento das comunidades que se formaram ao redor dela.

Falemos, por exemplo, de Caetanópolis, onde foi instalada a primeira unidade da Cedro. Durante muitos anos, Caetanópolis foi conhecida como “Cedro” (e até hoje muitas pessoas a chamam assim) e acabou recebendo o nome de um dos fundadores da empresa, Caetano. A cidade surgiu ao redor da Cedro e desenvolveu-se graças às possibilidades geradas pelos investimentos feitos no parque industrial ali instalado. É inegável a evolução econômica não só da terra de Clara Nunes e berço da indústria têxtil mineira e nacional, mas de toda a região circunvizinha, fruto do crescimento da Cedro.

E esse desenvolvimento se propagou também em outros lugares, como em Pirapora, cuja cidade surgiu a partir da instalação de um armazém para comercialização de tecidos da Cedro e compra de algodão , aproveitando os vapores que navegavam pela hidrovia do rio São Francisco.

Mas o valor mais importante deixado pela empresa é o capital humano. As diversas gerações de colaboradores que hoje trabalham na empresa falam com orgulho da oportunidade de terem criado suas famílias com o fruto do seu trabalho na Cedro. Desse grupo, faço parte.

A história da Cedro se confunde com a minha e com a de muitos de vocês aqui presentes. Acredito que, assim como meu pai, que trabalhou 53 anos na Cedro, temos vários outros exemplos de famílias com várias gerações construindo suas vidas nesta empresa. Hoje, com 32 anos de empresa, sinto-me como se estivesse com meus 15 anos, quando fui admitido.

Essa emoção, tenho certeza, passou por muitos que aqui estão hoje, que aqui, ainda jovens, iniciaram sua jornada e cresceram dentro da Cedro, conheceram seus amigos, constituíram família, enfim, viveram. E a Cedro, cheia de vida nestes 140 anos, consegue ser lembrada como uma das importantes indústrias têxteis do Brasil e caminha firmemente para ser, de fato, a melhor.

Para terminar, quero deixar alguns versos que tentam sintetizar o que representa a Cedro, tenho certeza, para mim e para os colaboradores que dela fazem parte:

Tecendo a vida”

Fazer o algodão do sonho transformar-se

no fio consistente da realidade

Tecer a vida com a trama do tempo

e o urdume da perseverança

Tingir o tecido com a cor do sucesso

Vestir a alma da gente com a esperança

Cedro: 140 anos tecendo histórias de vida!

(enanre etraud)

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Boa noite!

 

Joaquim discursando no evento de 140 anos da Cedro

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Mudo

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Estou mudo. Fiz uma cirurgia no último dia 10 de julho para retirar um pólipo nas pregas vocais e cá me encontro de bloquinho na mão tentando me comunicar. Escrevo, faço mímicas, mas a angústia de não poder falar ou de não me fazer entender como gostaria é terrível. A ansiedade carcome minha paciência e assim vou levando.

Passam-se cinco dias e já posso falar algumas palavras em tom baixo e o mínimo possível. Entretanto, os afazeres diários não permitem que seja em tom baixo (o telefone) nem que fale o mínimo possível. Tento me livrar do incômodo gerado pelos abusos, mas minha voz torna-se inaudível.

Estou mudo. Não consigo falar. Isso me incomoda muitíssimo. O que mais incomoda é não poder dizer algumas coisas especiais:

Obrigado!...

Bom dia!...

Deus o abençoe!...

Fique com Deus!...

Eu amo você...

 

“Eu amo você”

 

eu amo você

como a chuva silenciosa ama o regato

que a recebe quando cai da nuvem

e a condensa em fluxo contínuo

que cresce cada vez mais

 

 

eu amo você

como a montanha ama o sol

e o acolhe serena em seu colo quando se cansa de brilhar

e o faz adormecer sereno na noite que vem

para acordá-lo na manhã que nasce

 

 

eu amo você

como o silêncio aguarda a canção que dorme

silenciosamente no limbo oculto

e de repente surge despertando a emoção

escondida explodida em cada acorde

 

 

eu amo você

e apenas isso bastaria para que eu lhe desse minha vida

mas não a entrego simplesmente a você

compartilho minha alma

na intensidade máxima da entrega desse amor...

 

 

domingo, 6 de maio de 2012

Crônica de vida e trabalho


Era um garoto tímido. Extremamente magro, o menino sempre teve dificuldade em socializar-se. Ele acordou cedo naquele dia. Afinal, seria seu primeiro dia de trabalho. Já tinha o costume de acordar cedo, mas naquela segunda-feira não conseguiu passar das 5h da manhã. Foi ao quintal, buscou um pouco de lenha e acendeu a fornalha. Voltou para tratar das galinhas, dos porcos e do seu cachorro fila. Foi até o córrego que passava no fundo de casa conferir as varas e as linhas de espera e um bagre de bom tamanho juntamente com um douradinho estavam presos e iriam servir para o almoço. Trouxe-os e os jogou no poço onde mantinha os peixes vivos, debaixo do pé de manga-espada. Enquanto isso, sua mãe preparava o café e seu pai ouvia o programa do Zé Bettio no rádio.

O coração do menino batia ansioso pela expectativa. O apito da fábrica às seis horas da manhã acelerou as batidas e iniciou uma contagem regressiva. Às 06h40min o pai chamou: “Vamos pegar no batente?” O coração já não se continha. Um abraço e um beijo na mãe e o pedido de bênção, deixando a casa. Seguiram pelos fundos da casa, para um potãozinho por onde o pai passava todos os dias. O pai era o único funcionário da empresa que não passava pela portaria, tamanha era a confiança do gerente da fábrica. Estava fazendo muito frio naquele dia de junho. Mas o menino sentia calor, aquecido pela ansiedade.

Marcou o cartão, como o pai lhe ensinou e aguardou a chegada do monitor de treinamento que o levaria à seção e lhe mostraria o que fazer. Foi direto para o setor de trabalho e começou sua aprendizagem. As primeiras quatro horas passaram rapidamente e logo chegou a hora do almoço. Fez o caminho de volta para casa em silêncio com o pai, que não lhe perguntou como foram as primeiras horas. Mas a mãe sim. Entretanto, como o tempo para o almoço era exíguo, não teve muito o que falar. Voltou para as quatro horas restantes, que também passaram rapidamente e logo retornou para casa. O pai continuava em silêncio e nada perguntara.

Mais uma vez, não havia muito tempo para conversar. Tinha que tomar banho logo e seguir para a escola a pé, numa caminhada de cerca de quarenta minutos. Antes ia de bicicleta, mas agora não mais podia guardá-la dentro da escola. A possibilidade de a roubarem era grande e não valia a pena arriscar. Então, ele e mais dois colegas vizinhos iam a pé todos os dias. Às vezes ganhavam carona na ida e na volta, embora nem sempre.

Quando chegou da escola às 23h, o pai o esperava com a mãe. A janta estava no canto do fogão a lenha e, enquanto comia, o pai lhe perguntou finalmente como fora o dia. Uma alegria silenciosa invadiu o peito do menino. Contou ao pai sobre seu entusiasmo e o que aprendera. Contou como se impressionou com aquelas máquinas que transformavam algodão em fio. Mostrou ao pai e à mãe as queimaduras nas mãos, com todo o orgulho de um trabalhador pelos calos que cultiva ao longo de sua jornada. O pai sorria, com um olhar satisfeito para o filho. Findo o jantar, bênção de pai e mãe. O menino já não se sentia mais assim. Orgulhoso, dormiria naquela noite o sono de um homem.


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“O sono de um homem”

o sono de um homem é repleto de expectativas
de um dia seguinte melhor que o que passou
ninguém jamais saberá tudo o que povoa sua cabeça
nem mesmo ele próprio o sabe em sua plenitude

pensamentos são velozes e sinuosos
silentes, não alardeiam sua presença
aguardam o momento de serem percebidos
na tênue hora do sono cansado

o sonho é então um pensamento que amadurece
e penetra profundamente no coração do homem
ao invadir seu íntimo
transforma-se em parte de sua alma
e passa a ser a imagem mais perfeita
da esperança...
(Enanre Etraud)


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Para finalizar, deixo cá os versos do grande Fernando Pessoa, no seu heterônimo Álvaro de Campos, sobre o sono:

O Sono

O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim —
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.

Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
E o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.

O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.

Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.

Meu Deus, tanto sono!...

Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa), in “Poemas”

Pai e filho enxada

terça-feira, 17 de abril de 2012

Família, família – carpe diem

Penso em quantas vezes a família foi meu esteio. Não é fácil, absolutamente, vivenciar todas as dificuldades que a vida nos coloca sem nos alicerçarmos em alguém. Ombros e palavras necessárias encontramos com nossa família e amigos (os quais considero também como família) e isso sempre nos ajuda a nos sentirmos melhor. Temos que aproveitar enquanto temos esse suporte conosco. O tempo é inexorável.

É bom esclarecer o que quis dizer com "palavras necessárias", pois isso pode parecer estranho. Palavras necessárias nem sempre são palavras de conforto ou apoio. Muitas vezes são aquelas palavras "palavaras", como diria o Enanre Etraud. Diz-se por aí que muitas vezes as melhores palavras de apoio não são as que gostaríamos de ouvir, mas as que precisamos ouvir. Mas sou bom menino. Não tenho levado muitos puxões de orelha, a não ser os que eu mesmo me aplico.

Esse post está sendo redigido em pleno horário vago na escola, pois tive que me submeter a um remanejamento de aulas em virtude da falta de dois colegas por estarem participando de cursos promovidos pela Superintendência Regional de Ensino em outra cidade, impossibilitados, portanto, de virem lecionar.

É evidente que, em 50 minutos apenas não sairia algo muito bom, mas não estou mesmo tendo tempo nem muita inspiração, então resolvi simplesmente aproveitar esses breves momentos. Carpe Diem.

"Carpe Diem"

aproveitar o dia confuso
para refazer o tempo esgotado
reconstruí-lo em bloco difuso
de tijolos do barro do passado
misturado à argila do momento
antecipado pela mensagem do vento
que se intromete no poema apenas para rimar
ouço ao longe o coro de adolescentes
ansiosos por aprender
como fugir da escola mais cedo sem ser percebido
costuro então as palavras
palavaras palaveras palavelhas
que se repetem em trocadilhos já ditos
em conceitos semânticos esquisitos
carpindo o dia

******************

Aproveito para deixar inclusos dois vídeos de músicas memoráveis que, creio, podem fazer melhor por este post do que tudo o que escrevi...


                                                              O tempo não para (Cazuza) - ao vivo



Time (PinkFloyd) - ao vivo






quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pink Floyd e quem foi Vera Lynn



Pink Floyd
O Pink Floyd
Vera lynn
Vera Lynn

Sempre gostei da banda inglesa Pink Floyd. Desde que me entendo por gente aprendi a gostar do seu som original e de suas apresentações impressionantes. Tenho praticamente toda a discografia da banda, desde que Syd Barret era vocalista. O álbum mais conhecido da banda é, sem dúvida, “The Wall”, de 1979. Esse álbum acabou se transformando em um filme instigante de Alan Parker, a que tive a oportunidade de assistir no Cine Pepino, em Sete Lagoas, como parte de um trabalho para a saudosa Mírian Tanure, professora de inglês do meu curso de Letras.

Outro dia, entretanto, aprendi algo para o qual não tinha atinado: a referência à cantora inglesa Vera Lyn (nascida em Londres, em 20/03/1917), que foi muito famosa durante a Segunda Guerra Mundial. Seu repertório quase sempre fazia alusão à temática de soldados que foram para a luta. O início do filme de Alan Parker mostra uma radiola tocando uma música dela. No filme também podemos ouvir uma referência a uma de suas músicas mais famosas, “We´ll meet again”, logo após “Vera” — além disso, no final, traz a bela “Bring the boys back home”, com um coral (era comum aparecerem corais nas músicas de Vera Lynn). Aliás, A cantora acabou se tornando “Dame” Vera Lynn, uma homenagem da rainha por sua contribuição cultural. Vale a pena ressaltar que, recentemente, em setembro de 2009,foi lançado o álbum “We´ll meet again - The very best of Vera Lynn”, uma coletânea de suas músicas mais conhecidas, atingiu 1º lugar na lista dos mais vendidos na Inglaterra. Isso mostra a importância de Vera Lynn no país. Se quiserem saber mais, cliquem aqui.

Para nos situarmos a respeito, deixo aos leitores desse post algumas referências ao que relatei acima:

Vera
Pink Floyd
Does anybody here remember Vera Lynn
Remember how she said that
We would meet again
Some sunny day
Vera! Vera!
What has become of you
Does anybody else in here
Feel the way I do ?
Alguém aqui se lembra de Vera Lynn?
Se lembra como ela disse que
Nos encontraríamos novamente
Num dia ensolarado
Vera! Vera!
O que aconteceu com você?
Alguém por aqui
Sente o mesmo que eu?

“Vera” / “Bring the boys back home”


We’ll Meet Again
Vera Lynn


We'll meet again
Don't know where
Don't know when
But I know we'll meet again
Some sunny day

Keep smiling through
Just like you always do
'Till the blue skies
Drive the dark clouds far away

So, will you please say hello
To the folks that I know
Tell them I won't be long
They'll be happy to know
That as you saw me go
I was singing this song

We'll meet again
Don't know where
Don't know when
But I know we'll meet again
Some sunny day

We'll meet again
Don't know where
Don't know when
But I know we'll meet again
Some sunny day

So, Darling, keep smiling through
Just like you always do
'Till the blue skies
Drive the dark clouds far away

So, will you please say hello
To the folks that I know
Tell them I won't be long
They'll be happy to know
That as you saw me go
I was singing this song

We'll meet again
Don't know where
Don't know when
But I know we'll meet again
Some sunny day...
Vamos Nos Encontrar Novamente
Vera Lynn


Vamos nos encontrar novamente
Não sei onde
Não sei quando
Mas eu sei, vamos nos encontrar novamente
Em algum dia ensolarado

Continue sorrindo
Assim como você sempre faz
Até que o céu azul afaste
As nuvens escuras para longe

E por favor diga olá
Para as pessoas que eu conheço
Diga a eles que eu não demorarei
E eles vão ficar feliz em saber
Que quando você me viu ir
Eu estava cantando esta canção

Vamos nos encontrar novamente
Não sei onde
Não sei quando
Mas eu sei, vamos nos encontrar novamente
Em algum dia ensolarado

Sim, vamos nos encontrar novamente
Eu não sei onde
E não sei quando
Mas eu sei que vamos nos encontrar novamente
Em algum dia ensolarado

Então, querida, Continue sorrindo
Assim como você sempre faz
Até que o céu azul
Afaste as nuvens escuras para longe

E por favor diga olá
Para as pessoas que eu conheço
Diga a eles que eu não demorarei
E eles vão ficar feliz em saber
Que quando você me viu ir
Eu estava cantando esta canção

Nós nos encontraremos de novo
Não sei onde
Não sei quando
Mas eu sei, nós nos encontraremos de novo
Em algum dia ensolarado


“We’ll meet again”, de Vera Lynn

Para finalizar, deixo aqui uma das músicas do Pink Floyd de que mais gosto: “Wish You Were Here”. Ela é a quarta faixa do álbum de estúdio homônimo. Sua letra é uma referência ao primeiro vocalista do grupo, Syd Barrett, embora possa também ser considerada uma expressão de saudade. A letra foi composta pelos geniais David Gilmour e Roger Waters. Essa versão é uma interpretação intimista de Roger Waters, acompanhado por nada menos que Eric Clapton na guitarra, em concerto em prol das vítimas do tsunami na Ásia. Simplesmente fantático!

“Wish you were here”, com Roger Waters e Eric Clapton

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Encontro de Folia de Reis e Pastorinhas

Encontro de Folia de Reis e Pastorinhas em Caetanópolis – MG (Foto de EDN)P1150180

Mais uma vez, neste ano de 2012, como de costume, Caetanópolis foi brindada com o Encontro de Folia de Reis e Pastorinhas, organizado pelo Osmar “Marimbondo”, vereador e grande defensor dessas manifestações culturais.

Esse evento é admirável sob todos os pontos de vista. Mas o que mais me surpreende em relação ao mesmo é a oportunidade de podermos perceber como a tradição oral das Folias de Reis e das Pastorinhas que existem pelo interior de Minas Gerais (e também do Brasil, por que não dizer?) trazem uma diversidade fascinante. Ainda que se mantenham intactos os objetivos e as bases religiosas que norteiam tanto Folias de Reis quanto Pastorinhas, cada uma delas mantém particularidades que estão ligadas, em geral, aos seus membros principais.

Muitos desses grupos são mantidos por uma mesma família ou por amigos que cresceram juntos e aprenderam com seus próprios familiares a tradição. Mesmo que ocorra uma ou outra mudança, até para contextualização e contemporaneidade das apresentações, é possível perceber traços que nos levam à origem comum de todas elas, possivelmente na Idade Média e com forte influência ibérica.

Não sou um profundo estudioso do assunto. Sou mais um curioso e admirador. Ainda vou estudar muito a respeito. Mas a maior fonte que posso buscar conhecimento sempre serão as pessoas. Os “Mestres” que comandam esses grupos de Folia de Reis e Pastorinhas são as melhores fontes de informação que qualquer pessoa interessada pode consultar. E isso merece registro.

Nos meus contatos com pessoas do meio, sempre reforço a necessidade de que cada grupo tenha um registro escrito de como deve se apresentar, do que deve ser dito. E, aproveitando a tecnologia, que sejam feitos registros de áudio e vídeo. É um trabalho, creio eu, que as prefeituras municipais deveriam realizar. Isso deveria, inclusive, ser divulgado em meio eletrônico, em sítios como o YouTube. Fica aqui minha dica a respeito.

Para finalizar, gostaria de deixar um convite ao leitor e à leitora para que pesquise no YouTube e em outros sítios de vídeos os temas “Folia de Reis”, “Reisado” e “Pastorinhas”. É possível perceber a grande diversidade que essa manifestação cultural carrega Brasil afora.