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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Holocausto


                                                                                                                           PM-MG/Divulgação
 
Diante de toda essa tragédia, o que podemos dizer? O que podemos fazer?... A tristeza toma conta e fica um nó na garganta. Um nó que não desata...



O nó que queima em minha garganta

A fumaça que inspiro agora provoca-me um nó
Que queima em minha garganta
Um nó que não se desata
Um nó que segura um grito de dor, um grito de dó
Um grito que nada adianta
Diante da crueldade nefasta
 
A desgraça que me inspira agora torna-me um só
Solitário sentimento solidário de comoção
Emoção que se torna moção por um mundo melhor
Em que a rima da poesia pareça vazia
Diante da incapacidade de dizer pela palavra em verso
Toda a dor que há no universo
De pessoas que veem seus anjos imolados
Da pior maneira possível em sua inocência
 
Deixai ir a Jesus as criancinhas
Mas não desse modo cruel
Mas não desse modo cruel
Mas não desse modo cruel
Mas não desse modo cruel
Mas não desse modo cruel
Mas não desse modo
Mas não...
Mais não!
 
Liberemos nosso grito preso pelo nó na garganta
Liberemos nosso grito...
As palavras se repetem pela indignação
Repetem-se pela sensação
De que o absurdo acontece
 
O Fabrício Carpinejar disse não desacreditar em Deus
Mas crer firmemente na existência do diabo
Eu digo firmemente acreditar em Deus
E desacreditar no fato de que o mal não é um ser único
O mal está nas pessoas
O mal está em cada um de nós que não vê
Que Jesus nos ensinou a ser bons
No entanto, não aprendemos a lição do grande Mestre
E continuamos queimando nossas vidas em angústias
 
Soltemos o grito preso na garganta:
Meu Deus, tenha piedade de nós!
Abrace essas crianças e receba-as em seu Reino de luz e de paz!