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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Sobre tios e tias maternos


Estou pensando como começar a escrever esse post sem que me torne um demagogo. Falar de amor é sempre criar um espaço para a demagogia. Ao falar de amor corremos o risco de repetir clichês que podem mascarar a espontaneidade e o verdadeiro valor que determinadas pessoas têm nas nossas vidas…

São muitas as pessoas importantes em minha vida, que constituiram as verdades em que acredito, os valores que me fizeram ser bom ou mau e, sobretudo, imperfeito em tudo que faço. Mas, dessa imperfeição que sou, ao mesmo tempo, sinto-me completo, livre de todas as angústias que acossam os infelizes consigo mesmos.

Acima de qualquer coisa, sou feliz… Muito feliz… Não existe em meu vocabulário a palavra “frustração”. Existe a palavra “insatisfação”, em verbete diminuto (s.f. Falta de satisfação, de contentamento.) Como qualquer um, sinto-me insatisfeito, às vezes, mas JAMAIS incapaz. Da insatisfação, resulta um enorme desejo e um frêmito ativo em busca de eliminar o que me incomoda. Para tanto, sempre contei com paradigmas fundamentais, que vão desde pessoas com quem nunca tive nenhuma relação e pessoas com quem me relacionei, pelas quais tenho grande admiração e respeito, ou total abjeção. Mas, acima de tudo, minhas maiores referências são meus amigos e minha família. Em alguns casos, família e amigos se confundem, tornando-se uma coisa só.

Lembro-me agora de algumas dessas pessoas importantes que se tornaram referências para mim, pelas circunstâncias da vida. Exemplos são meus vários tios, todos importantíssimos. Falarei agora dos tios maternos com quem tive contato mais próximo. Minha tia Ana, figura magnífica. Na Bíblia, Ana é a avó de Jesus. No livro da minha vida, Ana significa carinho e força. Tia Ana é o exemplo da humildade elevada à MÁXIMA potência, capaz de superar todas as vissicitudes da vida. Porque humildade é força extrema, insuperável, inexpugnável. Tio Joaquim, um carinho e um exemplo de superação impressionante pelo esforço, pela fé e pela perseverança. Um abraço carinhoso é sempre uma memória constante e muito significativa na vida de um homem que superou a perda de um amor incondicional e um alerta para mim sobre o quanto somos suscetíveis às adversidades. Estar preparado para tudo é sempre uma perspectiva inevitável. Lembro-me de minha tia Zezé… Quanto é bom vê-la nas redes sociais, abraçando-me com um olhar que não me olha, mas me ensina a lição de amar. Simplesmente não dá para expressar em palavras.

Por fim, um parágrafo para meu tio Raimundo, mesmo nome de minha mãe. Lembro-me de uma pergunta cuja resposta eu já sabia no primeiro olhar… Da suspeita cognitiva da minha mãe, dona de um sexto sentido apurado…. Não me esqueço de um olhar e de um abraço apertado, que me fez perder o horário do serviço, em comunhão com Nosso Senhor Jesus Cristo. Após muitos anos de peripécias Brasil afora, aportou-nos tio Raimundo e família. Parte dessa família reunimos hoje, neste sábado, 16 de novembro de 2013… Foi maravilhoso rever todos na casa do meu irmão padrinho Joaquim Duarte. Mas foi muito gostoso, sobretudo, rever tia Ana…

Tia Ana é um olhar claro e cheio de amor… Inexplicáveis a clareza e o carinho que irradiam daqueles olhos claros. Se não posso explicá-los, sequer tentarei. Lembrou-me, como não podia ser diferente, minha saudosíssima e amada mãe Raimunda. Que saudades!…

“Os olhares e os abraços”

Os olhares e os abraços fazem-me recordar
de um amor atemporal
que não existe em nenhum lugar
mas que está presente dentro de mim


Esse amor que não se pode explicar
vai além das palavras e além da razão
transcende o que podemos compreender
e apenas se explica através da emoção


as lágrimas que afogam meu rosto
quando vejo os retratos do passado
vivos diante de mim novamente
trazendo outra vez o carinho levado


esse amor que não explico
nunca irá me abandonar, eu sei
fundo-me nele e sigo em frente
na lida da vida que viverei…

Momento emocionante de uma canção que resgata o valor da família

2 comentários:

  1. Que saudades de ler seus textos e sua poesia. Falamos de você, sua prima e eu, no sábado passado, numa Feira de Artesanato, em São Vicente. Ela faz artesanato reciclável, contamos muitos causos de outros tempos, foi muito agradável. Tirei uma foto dela e vou
    postar no seu Facebook. Continuo mais ligada nos Grupos do Facebook do que no Blog. O retorno é imediato e não tem o desconforto dos anônimos.Foi um prazer fazer contato com você, um abraço.

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  2. Dona Ione, sempre sou grato pelo apoio constante aos meus escritos. As publicações dos blogs perderam um pouco de frequência, por vários motivos. O principal mesmo é o entusiasmo. Mas ainda é um espaço que preservo como especial, sobretudo pelo olhar atento de pessoas como a senhora, que sempre estão presentes com seus comentários gentis. Mais uma vez, obrigado!

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