Estendo as mãos para o altoDiante da máquina que me fotografaSerá que é uma arma que me levaráPara o encontro final com outra realidade?Uma realidade que não me faça medoQue não me traga a angústia de não poder ser criançaEm um mundo cercado de violênciaUm mundo mergulhado sombriamente no horror da guerraQue é travada sem que se saiba por quêSem que se saiba para quêAssim como todas as guerras…Estendo as mãos para o altoFotografas-me e não me revelasO Salgado de minhas lágrimasNão aparece diante do meu medo…Sou apenas uma criança síriaUma criança séria que não sabe rirUma criança sem esperança…
(ENANRE ETRAUD – THE EDN)
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Escrevo esse poema em lágrimas diante da imagem e da reportagem que acabo de ler…
http://www.contioutra.com/sobre-a-menina-siria-que-se-rende-ao-confundir-camera-fotografica-com-uma-arma/