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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Fotografas-me e não me revelas

Estendo as mãos para o alto
Diante da máquina que me fotografa
Será que é uma arma que me levará
Para o encontro final com outra realidade?

Uma realidade que não me faça medo
Que não me traga a angústia de não poder ser criança
Em um mundo cercado de violência
Um mundo mergulhado sombriamente no horror da guerra
Que é travada sem que se saiba por quê
Sem que se saiba para quê
Assim como todas as guerras…

Estendo as mãos para o alto
Fotografas-me e não me revelas
O Salgado de minhas lágrimas
Não aparece diante do meu medo…
Sou apenas uma criança síria
Uma criança séria que não sabe rir
Uma criança sem esperança…
(ENANRE ETRAUD – THE EDN)

MENINA-SÍRIA

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Escrevo esse poema em lágrimas diante da imagem e da reportagem que acabo de ler…

http://www.contioutra.com/sobre-a-menina-siria-que-se-rende-ao-confundir-camera-fotografica-com-uma-arma/